sábado, 23 de agosto de 2008

Mapa de Angola (depois da independência)
























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A República de Angola é um estado do sudoeste de África, com costa para o oceano Atlântico e cujo território também compreende o enclave de Cabinda, que está situado entre a República do Congo, a República Democrática do Congo e o oceano Atlântico. A costa, plana, estende-se para leste com uma largura que oscila entre os 50 e os 150 quilómetros; a seguir, o terreno eleva-se um pouco em formações escarpadas. A zona leste do país é um grande planalto que ocupa dois terços do território e onde se situa a maior altitude: Morro Môco. Os rios mais importantes são o Cuanza e o Cunene , que correm em direcção ao Atlântico, o Cuango que é afluente do Congo; o Zambeze (Leste de Angola); o Cuando e o Cubango, que entram no Botswana. No Norte de Cabinda há extensas florestas tropicais que, para sul, dão lugar à savana com pastagens e árvores isoladas. Na costa crescem palmeiras. O clima é geralmente tropical, temperado pela corrente fria de Benguela. As chuvas são escassas na costa e no sul e abundantes no resto do país. De Setembro a Abril impera uma estação seca em todo o território.

Mapa de Angola (Até 1974)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Emissões Filatélicas de 1962









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Acampamento do rio Lifune

Às 23.15 de 17-12-1961, hora de Lisboa (e também de Angola; o Fuso horário é o mesmo), a União Indiana iniciou um poderoso ataque militar contra Goa, Damão e Diu e invadiu as possessões portuguesas na costa ocidental do subcontinente, provocando um rude golpe no orgulho de Salazar. Sendo absolutamente indefensáveis, dada a desproporção das forças envolvidas, o velho ditador ainda pretenderá uma morte honrosa, sem rendição, por parte dos escassos portugueses que defendiam aquelas possessões.
Mas a História ia rolando! A rendição dos portugueses deu-se em 19Dez.
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Nessa data, o 2º. Pelotão da CC 115, ao qual eu pertencia, encontrava-se no acanhado acampamento do Rio Lifune.
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Paludismo
Durante o período de tempo acima referido, fui atacado pelo paludismo. Este ataque, típico das regiões tropicais, começou com calafrios; a temperatura do corpo subiu rapidamente e penso que chegou aos 41ºC, não obstante eu ter engolido, desde que colocara os pés em Angola, os comprimidos de sulfato de quinino que o médico da Companhia periodicamente receitava para prevenção de algumas doenças tropicais.
Suportei este ataque de paludismo deitado numa tarimba de madeira que eu próprio engendrei, desguarnecida de lençóis, mas coberto com uma manta de papa no momento dos calafrios.
Como é sabido, o agente do paludismo é transmitido ao homem pela picada do mosquito (fêmea) denominado anófele, ou por parasitas que se transmitem ao ser humano através deste insecto que deixa os ovos na superfície das águas.
A sede obrigava a que bebêssemos uma qualquer água sem o tratamento adequado, não obstante a forte oposição do médico da Companhia que aconselhava alguma prudência mas que acabava por se render à evidência. Recordo que, por várias vezes, em operações por dias sucessivos, enchíamos os cantis em charcos de água onde os animais da floresta bebiam e chafurdavam e introduzíamos-lhes um comprimido. Passado muito pouco tempo e dado que a sede a isso obrigava, colocávamos o lenço de bolso no bocal do cantil a servir de filtro e bebíamos aquela água impotável. Ainda assim, e não obstante esta medida preventiva, o “filtro” permitia a passagem de impurezas que deixava fortes vestígios na própria língua.
Diz-se que o paludismo que tenha sido tratado persiste, por vezes, como infecção latente que poderá reaparecer caso o tratamento não seja contínuo. Havia, contudo, que temer os efeitos secundários possíveis do quinino indicando que deveria ser interrompida a sua utilização em caso de surdez, irritações da pele, perturbações ópticas ou outros sintomas graves. A destruição dos glóbulos leva a uma anemia crónica muito séria.
Antes e depois da independência das antigas colónias portuguesas, estive várias vezes em todos os países africanos que fazem parte dos PALOP e não voltei, felizmente, a ser acometido por aqueles estados febris provocados pelo paludismo que deixa a pessoa temporariamente muito debilitada fisicamente.
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Segue-se uma temática de selos de Macau, Timor, Estado da Índia, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné e Angola, alusiva à Erradicação do Paludismo (Curiosamente o selo alusivo à Erradicação do Paludismo referente ao “Estado da Índia”, data de 1962. Porém, e como antes referi, a ocupação daquele “espaço territorial” pela União Indiana, deu-se em Dez1961, sinal de que, estes selos terão sido desenhados, litografados e posteriormente enviados para Goa, Damão e Diu nos últimos meses de 1961, a fim de serem utilizados a partir de 1962).

Emissão Filatélica de 1967


























As condecorações e os louvores oficiais têm a função das mercês honoríficas de antanho, embora a sua lembrança se não projecte na descendência, senão indirectamente; estimulam o condecorado e tendem para manter o espírito familiar e nele guardar a memória de um facto digno, que tirou a família do anonimato para a história.

Emissão Filatélica de 1966



Na temática "Uniformes Militares Portugueses - Exército - Ano de 1966":
Angola;
Cabo Verde;
Guiné;
Macau;
Moçambique;
S. Tomé e Príncipe;
Timor,
os "motivos" dos selos são diferentes de ex-Colónia para ex-Colónia mas são cativantes e autênticas obras de arte.

Uniformes Militares Portugueses - Exército

Os Uniformes do Exército remontam ao Século XVII, havendo notícia de que as fardas do “Terço do Regimento da Junta do Comércio de Lisboa”, já constituíam um tipo específico de Uniforme embora não regulamentado. No entanto, apenas em 1761, D. José I, por Decreto de de 27 de Abril, aprova os distintivos a usar pelo Exército e em 1764, por Alvará de 24 de Março, aprova, por proposta do Conde de Schaumbourg Lippe, os Uniformes para o seu Regimento nº. 1. Tal Alvará não constituía um Plano de Uniforme mas actuava como tal dando a necessária uniformidade e legalidade ao fardamento a utilizar pelo Exército Português (Pagela nº. 280 de 23-01-1984 – Correios e Telecomunicações de Portugal).
Nota: As emissões de selos alusivas aos “Motivos Militares – Uniformes”, são de uma beleza extraordinária (tenho as séries completas das ex-colónias).

Emissão Filatélica de 1955



























Considerando o número de Estados que partilham o nosso mundo em repúblicas, reinos, principados, sultanatos e colónias que se tornaram nações independentes, sem contar com os impérios que desapareceram ou mudaram completamente de nome, podemos concluir que o selo de correio é realmente uma obra de arte, um mensageiro que ignora fronteiras mas que nos conta a história das civilizações.
A título de curiosidade, passo a citar o seguinte facto: No tempo em que a Sicília tinha rei, Fernando II só autorizou o emprego do carimbo postal para carimbar os selos com a sua efígie, com a condição de que em nenhum caso o carimbo fosse aposto no seu rosto, sob pena de sanções por crime de lesa-majestade!

Emissão Filatélica de 1963 (Cont.)


Emissão Filatélica de 1963


Emissão Filatélica de 1961


sábado, 16 de agosto de 2008

Angola - O Selo de Correio

Terá sido em Mai1840 que o inglês Sir Rowland Hill inventou o selo de correio.
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Em Portugal, a reforma postal deu-se em 1852 e o uso dos selos postais adesivos, vieram a ser emitidos em 1853 com a efígie de D. Maria II.
Os correios eram de início uma instituição ao serviço exclusivo do soberano. Quando foram postos à disposição de todo o público, o Estado conservou o privilégio da prioridade e da gratuidade do transporte do correio.
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O selo é um mensageiro que não tem fronteiras, descreve em todos os idiomas as maravilhas da natureza e a longa história das civilizações.
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A antiga Colónia Portuguesa de Angola, emitiu o seu primeiro selo, do tipo Coroa, de 5 réis, em 1870.
Desde esta data e até 1974, muitas emissões de selos de correio foram entretanto emitidas (De referir que os selos eram litografados na Casa da Moeda em Lisboa).
No período compreendido entre 1961 e 1963, Angola emitiu as seguintes séries de selos:
Tipos Femininos;
Desporto. Motivos diversos;
Erradicação do Paludismo;
Cinquentenário da Cidade de Nova Lisboa;
Escudos de Armas de Cidades e Vilas de Angola;
15º. Aniv. do Serviço Internacional para o Combate ao Gafanhoto Vermelho;
Viagem Presidencial;
Escudos de Armas de Cidades e Vilas de Angola (2ª. Série) e
X Aniversário da T. A. P.
Considerando que o selo de Correio, não tem fronteiras e que a par da sua função postal, é divulgador privilegiado da história, do património e da cultura dos povos, que assinala efemérides e não só, considerei interessante colocar no blog alguns selos (temáticas) de Angola, utilizados pelos ex-combatentes no período em que o BC 114 permaneceu em Angola.
Também coloquei mais três séries emitidas nos anos de 1955, 1966 e 1967.