quarta-feira, 9 de abril de 2008

A Guerra Colonial

Causas remotas:
Quando o calendário marcava o início dos anos “50”, no outro lado do mundo, deu-se a independência da Índia e da Indonésia, e, cá dentro, em Lisboa, estudantes africanos, como Amílcar Cabral e Mário Pinto de Andrade, formam o Centro de Estudos Africanos, tecendo o embrião dos movimentos nacionalistas nas ex-colónias portuguesas.

Se, nas aldeias interiores do País, a miséria apoquentava e o trabalho era duro e de sol a sol, nas ex-colónias os indígenas sofriam a triplicar e sobreviviam com peixe em período fora de validade e mandioca retirada da terra.

Causas próximas:
No primeiro ano da década de “60”, inicia-se em Angola, a luta nacionalista com a revolta dos trabalhadores de algodão, na Baixa de Cassange.
Em 4 de Fevereiro, Luanda é palco da primeira contestação ao regime. Um grupo de pessoas sem bandeira política mas incentivadas por panfletos distribuídos nos musseques e pelo cónego Manuel das Neves, sacerdote ligado à UPA, maior partido nacionalista, assalta simultaneamente a Casa de Reclusão Militar e duas Esquadras da Polícia.

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