Reunião do Grupo de Casablanca em Casablanca.
Um reforço tardio do orçamento, da ordem dos 900.000 contos, foi o que permitiu fazer face aos acontecimentos em Angola.
Tentativa do QG da RMA de dispor de um Serviço de Informações e de um Serviço da Acção Psicológica.
O Paquete “Santa Maria” é assaltado por um grupo encabeçado por Henrique Galvão.
Assassinato de Lumumba.
Grupos armados assaltam a esquadra da PSP em Luanda.
Nota oficiosa sobre o Caso do Paquete “Santa Maria”.
Ataques às prisões de Luanda.
Tumultos em Luanda. Proibição da entrada de jornalistas estrangeiros e nacionais em Angola.
Libéria pede reunião do Conselho de Segurança contra Portugal.
Contactos do Embaixador dos EUA com o Gen. Botelho Moniz, para liberalização da política ultramarina, que permitisse o apoio dos EUA a Portugal no debate sobre aquela política, que iria ter lugar na ONU.
O Capitão Henrique Galvão no livro África Apeaks, afirma “Nenhuma das províncias africanas portuguesas está agora em posição para receber imediatamente a independência política sem enfrentar o seguinte dilema: a volta ao barbarismo com o massacre do povo e de outras raças que aí vivem… ou a sua imediata absorção por um dos poderes que estão procurando novas posições em África.
Contactos da Embaixada dos EUA junto do Presidente do Conselho para haver uma declaração da intenção de aceitação do princípio da auto-determinação para Angola, Moçambique, etc.; ajuda económica dos EUA, como compensação, tudo isto com base no discurso pronunciado pelo Presidente do Conselho em 30 de Novembro de 1960.
O Embaixador de Portugal em Washington foi chamado ao State Departement para o mesmo efeito.
Informações veiculadas através dos S. I. dos E.U.A., classificadas de muito seguras, passadas ao Gabinete do MDN, de que o Conselho de União dos Povos de Angola (UPA), que actuava no Congo-Kinshasa, decidiu provocar incidentes violentos no Distrito do Congo, em Angola, na noite de 15 de Março, com uma duração prevista de 10 dias, para chamar a atenção da ONU onde iria realizar-se o debate. Comunicação Imediata ao QG/RMA, onde o texto é modificado e mandado arquivar pelo CEM, em exercício, com a justificação de que o assunto já era do conhecimento do Comando (!).
Almoço do Gen. Botelho Moniz e do Bem. Elbrick que tem instruções para uma firme diligência para conseguir a alteração da política portuguesa em África.
Entrevista de Salazar com Elbrick, a pedido deste, por ter uma mensagem do Presidente Kennedy.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU inscreve na Ordem do Dia, por proposta da Libéria, a “questão de Angola”, considerando que a atitude de Portugal constitui uma ameaça à paz e à segurança mundial.
Início do debate no Conselho de Segurança.
Votação no CS que não obtém a maioria necessária. Os EUA votam pela 1ª. Vez contra Portugal.
Concretizam-se os acontecimentos anunciados no Norte de Angola.
Na noite de 15/16 de Março, 1.200 brancos e 6.000 pretos bailundos foram barbaramente assassinados.
Ida do Ministro do Ultramar a Luanda.
Reunião de All African Peoples Conference, no Cairo.
Reunião da UAM, no Yaounde.
Definida a competência dos Governadores e dos Comandantes-Chefes nas Províncias Ultramarinas, na condução da política da defesa dos respectivos territórios.
Criação em cada uma das províncias ultramarinas de um Corpo de Voluntários.
Pedido da Libéria para inclusão do caso de Angola na Assembleia Geral da ONU.
Ataques políticos contra Portugal com uma violência sem precedentes. A repercussão interna – a loucura da resistência; a perda colectiva da coragem: repercussões na FA.
Desentendimento entre o Presidente do Conselho e o Ministro da Defesa Nacional.
Carta do Ministro da Defesa Nacional ao Presidente do Conselho.
Aprovado o plano de embarque de unidades e material para Angola, pelo qual o primeiro navio partia a 19 de Abril, com 3 Batalhões de Caçadores.
A União da África do Sul retira-se da comunidade Britânica e proclama a República.
Intensificação da actividade dos altos responsáveis militares: manter ou afastar o Presidente do Conselho (princípios de Abril).
Reunião de Comandos no QG da RML, seguida de outras nas restantes Regiões Militares.
Diligência B. Moniz / A Fernandes junto do Presidente da República – proposta a demissão do Presidente do Conselho, apontando para uma nova orientação que preconizava:
· Soluções políticas dentro das linhas de força da nossa história, com o respeito possível pelo quadro constitucional, mas encaradas no contexto da prática política da época para melhor defender esse “inalienável valor cultural e económico”.
· A manutenção da orientação de que a nossa presença em África era um direito-dever.
· A descentralização administrativa e a autonomia política como bases.
Remodelação Ministerial: Prof. Salazar – MDN. General Mário Silva – Exército; Jaime Fonseca – SE Exército; Gomes de Araújo CEMGFA; Adriano Moreira – Ministro do Ultramar.
Discurso de posse do MDN em que anuncia a decisão da defesa eficaz de Angola e garantia da vida, do trabalho e da tranquilidade das populações. Andar rapidamente e em força.
Afirmação política de integridade nacional.
O Diário Popular de 14 Abril afirmava que a demora em acorrer à defesa de Angola estava a transformar em calvário o problema angolano, sobretudo no impasse da insuficiência das medidas militares.
Carta do Coronel Costa Gomes ao Diário Popular de 15 de Abril, afirmando que o problema africano não era fundamentalmente militar.
Resolução na AG/ONU, por proposta da Libéria – reformas em Angola: Transferência da totalidade dos poderes para as populações, a fim de as habilitar a uma completa independência (apoio dos EUA).
Embarque das primeiras tropas de reforço para Angola – Atrasado 3 dias em relação ao planeado.
Reunião de Ghana, Guiné e Mali, Union of American States (UAS) em ACCRA).
É organizada a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas – CONCP.
Um reforço tardio do orçamento, da ordem dos 900.000 contos, foi o que permitiu fazer face aos acontecimentos em Angola.
Tentativa do QG da RMA de dispor de um Serviço de Informações e de um Serviço da Acção Psicológica.
O Paquete “Santa Maria” é assaltado por um grupo encabeçado por Henrique Galvão.
Assassinato de Lumumba.
Grupos armados assaltam a esquadra da PSP em Luanda.
Nota oficiosa sobre o Caso do Paquete “Santa Maria”.
Ataques às prisões de Luanda.
Tumultos em Luanda. Proibição da entrada de jornalistas estrangeiros e nacionais em Angola.
Libéria pede reunião do Conselho de Segurança contra Portugal.
Contactos do Embaixador dos EUA com o Gen. Botelho Moniz, para liberalização da política ultramarina, que permitisse o apoio dos EUA a Portugal no debate sobre aquela política, que iria ter lugar na ONU.
O Capitão Henrique Galvão no livro África Apeaks, afirma “Nenhuma das províncias africanas portuguesas está agora em posição para receber imediatamente a independência política sem enfrentar o seguinte dilema: a volta ao barbarismo com o massacre do povo e de outras raças que aí vivem… ou a sua imediata absorção por um dos poderes que estão procurando novas posições em África.
Contactos da Embaixada dos EUA junto do Presidente do Conselho para haver uma declaração da intenção de aceitação do princípio da auto-determinação para Angola, Moçambique, etc.; ajuda económica dos EUA, como compensação, tudo isto com base no discurso pronunciado pelo Presidente do Conselho em 30 de Novembro de 1960.
O Embaixador de Portugal em Washington foi chamado ao State Departement para o mesmo efeito.
Informações veiculadas através dos S. I. dos E.U.A., classificadas de muito seguras, passadas ao Gabinete do MDN, de que o Conselho de União dos Povos de Angola (UPA), que actuava no Congo-Kinshasa, decidiu provocar incidentes violentos no Distrito do Congo, em Angola, na noite de 15 de Março, com uma duração prevista de 10 dias, para chamar a atenção da ONU onde iria realizar-se o debate. Comunicação Imediata ao QG/RMA, onde o texto é modificado e mandado arquivar pelo CEM, em exercício, com a justificação de que o assunto já era do conhecimento do Comando (!).
Almoço do Gen. Botelho Moniz e do Bem. Elbrick que tem instruções para uma firme diligência para conseguir a alteração da política portuguesa em África.
Entrevista de Salazar com Elbrick, a pedido deste, por ter uma mensagem do Presidente Kennedy.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU inscreve na Ordem do Dia, por proposta da Libéria, a “questão de Angola”, considerando que a atitude de Portugal constitui uma ameaça à paz e à segurança mundial.
Início do debate no Conselho de Segurança.
Votação no CS que não obtém a maioria necessária. Os EUA votam pela 1ª. Vez contra Portugal.
Concretizam-se os acontecimentos anunciados no Norte de Angola.
Na noite de 15/16 de Março, 1.200 brancos e 6.000 pretos bailundos foram barbaramente assassinados.
Ida do Ministro do Ultramar a Luanda.
Reunião de All African Peoples Conference, no Cairo.
Reunião da UAM, no Yaounde.
Definida a competência dos Governadores e dos Comandantes-Chefes nas Províncias Ultramarinas, na condução da política da defesa dos respectivos territórios.
Criação em cada uma das províncias ultramarinas de um Corpo de Voluntários.
Pedido da Libéria para inclusão do caso de Angola na Assembleia Geral da ONU.
Ataques políticos contra Portugal com uma violência sem precedentes. A repercussão interna – a loucura da resistência; a perda colectiva da coragem: repercussões na FA.
Desentendimento entre o Presidente do Conselho e o Ministro da Defesa Nacional.
Carta do Ministro da Defesa Nacional ao Presidente do Conselho.
Aprovado o plano de embarque de unidades e material para Angola, pelo qual o primeiro navio partia a 19 de Abril, com 3 Batalhões de Caçadores.
A União da África do Sul retira-se da comunidade Britânica e proclama a República.
Intensificação da actividade dos altos responsáveis militares: manter ou afastar o Presidente do Conselho (princípios de Abril).
Reunião de Comandos no QG da RML, seguida de outras nas restantes Regiões Militares.
Diligência B. Moniz / A Fernandes junto do Presidente da República – proposta a demissão do Presidente do Conselho, apontando para uma nova orientação que preconizava:
· Soluções políticas dentro das linhas de força da nossa história, com o respeito possível pelo quadro constitucional, mas encaradas no contexto da prática política da época para melhor defender esse “inalienável valor cultural e económico”.
· A manutenção da orientação de que a nossa presença em África era um direito-dever.
· A descentralização administrativa e a autonomia política como bases.
Remodelação Ministerial: Prof. Salazar – MDN. General Mário Silva – Exército; Jaime Fonseca – SE Exército; Gomes de Araújo CEMGFA; Adriano Moreira – Ministro do Ultramar.
Discurso de posse do MDN em que anuncia a decisão da defesa eficaz de Angola e garantia da vida, do trabalho e da tranquilidade das populações. Andar rapidamente e em força.
Afirmação política de integridade nacional.
O Diário Popular de 14 Abril afirmava que a demora em acorrer à defesa de Angola estava a transformar em calvário o problema angolano, sobretudo no impasse da insuficiência das medidas militares.
Carta do Coronel Costa Gomes ao Diário Popular de 15 de Abril, afirmando que o problema africano não era fundamentalmente militar.
Resolução na AG/ONU, por proposta da Libéria – reformas em Angola: Transferência da totalidade dos poderes para as populações, a fim de as habilitar a uma completa independência (apoio dos EUA).
Embarque das primeiras tropas de reforço para Angola – Atrasado 3 dias em relação ao planeado.
Reunião de Ghana, Guiné e Mali, Union of American States (UAS) em ACCRA).
É organizada a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas – CONCP.
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