Eu, fraco nadador, em mais uma imprudente travessia do rio Zambeze no Lumbala. Atravessei o rio, algumas vezes sozinho, numa canoa do tipo piroga (pertencente ao soba Ximixe), com vários metros de comprimento, desprovida de colete salva-vidas. Este grande rio africano tem no local mais de 200 metros de largura na época seca e estava infestado de jacarés. Quando penso nesta imprevidência, até faço o sinal da cruz!
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No Lumbala, pude constatar ao vivo as necessidades reais da população não-branca. Os naturais eram realmente uns desprotegidos. Constatei também que, por duas ou três vezes, as pessoas, entre si, me chamavam de "samucongue". Perguntei-lhes então qual era o significado da palavra. Responderam-me que era "homem bom!". Se era assim ou não, não sei e também não sei se a palavra se escreve tal como a pronunciavam. Contudo sei que não parti daquela terra com a consciência pesada.
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Lumbala no presente
Notícia Internet, de 11Dez2004, refere:
As sedes municipais dos Bundas (Lumbala-Nguimbo) e Luchazes (Cangamba), na província do Moxico, estão ligadas por estrada desde sexta-feira, depois de 27 anos de inoperacionalidade da via.
Em Lumbala-Nguimbo (mesma data) o governo provincial está a construir, de raiz, um hospital e uma escola de segundo nível.
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