Fui incluído num grupo muito reduzido que frequentou uma “Escolas de Quadros” ao chegar a esta unidade militar. Durante este período os elementos do grupo foram submetidos a provas de disciplinas lidadas à especialidade. Recordo que nas disciplinas de electricidade a nota foi de 20 valores e na de morse 19 valores. Valorização que nunca mais consegui obter durante toda a minha vida, não obstante ter sido submetido a muitas provas.
Num determinado dia (16Mar?) quando a instrução decorria com toda a normalidade e durante um intervalo de aulas, um dos furriéis que fazia parte de um pequeno grupo de instrutores e de monitores que entretanto se formou inopinadamente na parada do quartel, proferiu as seguintes palavras:
− Em Angola, um movimento de guerrilha, mata para lá brancos, como quem mata tordos. Não demorará muito tempo que não sejamos mobilizados; oxalá em me engane.
Dito e feito. Infelizmente o senhor furriel não se enganou.
∞
Nesse período de tempo era grande a agitação militar. Para mim, incorporado em Março de 1960, a roleta da sorte, em termos de mobilização, ditou: Angola. Foram 4 anos de tropa.
∞
Alguns dias mais tarde foi-me entregue uma Guia de Marcha para me apresentar no Batalhão de Telegrafistas – Lisboa, a fim de seguir para a Escola Prática de Infantaria – Mafra, por ter sido mobilizado para Angola, nos termos da Alínea C) do Artº. 3º. Do Decreto-Lei, nº. 42 937.
Durante o período subsequente, os Órgãos de Comunicação Social Nacionais, nos seus comunicados diários, repetiam frequentemente:
− Bandos armados de bandoleiros da UPA, destroem fazendas e vilas, assassinam pessoas brancas, homens, mulheres e crianças; é uma tragédia o que se está a passar em Angola.
Num determinado dia (16Mar?) quando a instrução decorria com toda a normalidade e durante um intervalo de aulas, um dos furriéis que fazia parte de um pequeno grupo de instrutores e de monitores que entretanto se formou inopinadamente na parada do quartel, proferiu as seguintes palavras:
− Em Angola, um movimento de guerrilha, mata para lá brancos, como quem mata tordos. Não demorará muito tempo que não sejamos mobilizados; oxalá em me engane.
Dito e feito. Infelizmente o senhor furriel não se enganou.
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Nesse período de tempo era grande a agitação militar. Para mim, incorporado em Março de 1960, a roleta da sorte, em termos de mobilização, ditou: Angola. Foram 4 anos de tropa.
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Alguns dias mais tarde foi-me entregue uma Guia de Marcha para me apresentar no Batalhão de Telegrafistas – Lisboa, a fim de seguir para a Escola Prática de Infantaria – Mafra, por ter sido mobilizado para Angola, nos termos da Alínea C) do Artº. 3º. Do Decreto-Lei, nº. 42 937.
Durante o período subsequente, os Órgãos de Comunicação Social Nacionais, nos seus comunicados diários, repetiam frequentemente:
− Bandos armados de bandoleiros da UPA, destroem fazendas e vilas, assassinam pessoas brancas, homens, mulheres e crianças; é uma tragédia o que se está a passar em Angola.
1 comentário:
No inicio de 1961 estava em Tancos no BTM3, tinha vindo do quartel da Graça em Lisboa,onde tinha decorrido o curso de sargentos milicianos e foi então que assitimos perplexos ao assalto da esquadra da PSP em Luanda a 4 de Fevereiro dando inicio á guerra colonial.
Serve isto para dizer que muito gostaria de contactar com os camaradas de então.
O meu nome é:
Horacio Rodrigues Lopes
hlopes1206@gmail.com
Um abraço
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